Suplementação com M. officinalis em Mulheres com
Alterações de Sono
Promove Melhora da
Qualidade do Sono e de Outros Parâmetros Associados à Menopausa
Introdução
Os distúrbios do sono são comuns em mulheres na perimenopausa e na
pós-menopausa e foram identificados como os principais sintomas da transição
menopausal. Os distúrbios do sono estão associados com ondas de calor em
mulheres na pós-menopausa. Há também uma associação entre a menopausa e a
depressão, e a insônia pode ser uma das razões.
Opções de Tratamento
Os inibidores seletivos da
recaptação de serotonina e inibidores da recaptação de serotonina e
noradrenalina (ISRS e IRSN) mostraram eficácia na melhora da qualidade do sono
em mulheres na menopausa, uma vez que reduz a frequência e a intensidade das
ondas de calor.
Porém, estudos com fitoterápicos, dentre eles a M.
officinalis, têm demonstrado resultados significativos na melhora da
qualidade do sono, em comparação com alguns agentes farmacológicos
antidepressivos e sem causar efeitos colaterais significativos.
Melissa officinalis
A M.
officinalis é tradicionalmente usada para
o tratamento de vários distúrbios. Estudos recentes demonstram que a Melissa officinalis promove uma
importante melhora nos casos de depressão, ansiedade, estresse e distúrbios do
sono. Além disso, proporciona outros benefícios, como:
- Melhora da hiperglicemia;
- Dislipidemia;
- Doenças neurodegenerativas;
- Anti-inflamatório;
Resultados
Estudo conduzido
por Shirazi et al. (2021) teve como objetivo avaliar os efeitos da
suplementação de Melissa officinalis L.
e comparar com o citalopram e o placebo na melhora da qualidade de vida
de mulheres pós-menopausadas com distúrbios de sono. Os resultados obtidos
foram:
- A média de todos os domínios do MENQOL foram melhorados de
maneira significativa no grupo tratado com a M. officinalis quando
comparado com o grupo citalopram e o placebo (p<0,001);
- O desvio padrão médio após oito semanas no grupo M. officanalis,
citalopram e placebo foi de 2,2 vs. 0,56 vs. 0,36 nos sintomas
vasomotores (P<0,001);
- No quesito psicomotor-social, o desvio padrão médio no grupo M.
officanalis, citalopram e placebo foi de 1,02 vs. 0,25 vs.
0,17 (p<0,001);
- No quesito atividade motora, o desvio padrão médio no grupo M.
officanalis, citalopram e placebo foi de 0,76 vs. 0,25 vs.
0,11 (p<0,001);
- Em relação a função sexual, o desvio padrão médio no grupo M.
officanalis, citalopram e placebo foi de 2,3 vs. 0,35 vs.
0,41, respectivamente (p<0,001).
Conclusão
Os resultados
desse estudo demonstraram que a M. officinalis pode ser recomendada para
melhora da qualidade de vida em mulheres pós-menopausadas com distúrbios do
sono.
Referências bibliográficas
SHIRAZI, M. et al. The
Effectiveness of Melissa Officinalis L. versus Citalopram on Quality of Life of
Menopausal Women with Sleep Disorder: A Randomized Double-Blind Clinical Trial. Rev Bras Ginecol Obstet. 2021 Jan 19. doi:
10.1055/s-0040-1721857. Online ahead of print.