Vitamina E em Pacientes com Síndrome de Down

por Hi-Nutrition / 15 Agosto 2024 / Estudo Científico

A Síndrome de Down (SD) é uma anormalidade, trata-se de uma desordem cromossômica que se caracteriza pela trissomia do cromossomo 21, ou seja, os sindrômicos apresentam três cromossomos 21, ao invés de dois. Essa síndrome pode ser diagnosticada na gestação quando a mãe está na fase do pré-natal, por meio de exames clínicos. O diagnóstico pode ser feito também após o nascimento da criança e inicialmente por parte das características que são muito comuns aos portadores de síndrome de Down, como por exemplo, cabeça mais arredondada, olhos puxados, boca pequena, entre outras. Apesar de não haver cura, pesquisas no mundo todo têm sido realizadas nesse sentido e a qualidade de vida dessas pessoas tem sido melhorada significativamente.

 

Características da Síndrome de Down

A síndrome se caracteriza por um conjunto de malformações causadas no cromossomo 21 que altera a formação de vários órgãos desde o início da formação do feto, o que consequentemente determina a presença de anormalidades e características muito semelhantes e comuns em pessoas com a síndrome. Os portadores da síndrome de Down têm características físicas típicas, e se parecem um pouco entre si. Contudo, algumas pessoas portadoras da síndrome apresentam características ou condições, enquanto outras não. Uma concepção equivocada, ainda presente em relação aos portadores da síndrome de Down e suas características, é que todos se desenvolvem da mesma forma, apresentando as mesmas características, incapacidades e limitações orgânicas, motoras e cognitivas.

 

Estresse Oxidativo e Síndrome de Down

Presume-se que o fenótipo nesta trissomia seja resultante da expressão de certos genes encontrados no cromossomo 21, principalmente como consequência da duplicação da região 21q22, onde se localiza o gene que codifica a superóxido dismutase-1 (SOD-1). A cópia extra do gene da superóxido dismutase-1 (SOD-1) confere aos portadores da Síndrome de Down uma atividade da enzima aumentada em 50% em diferentes tipos de células: eritrócitos, leucócitos, plaquetas e fibroblastos. Isto proporcionaria um quadro de agressão endógena constante, dada a aceleração da reação de formação de peróxido de hidrogênio (H2O2) e pelo desequilíbrio entre a atividade da SOD-1 e glutationa peroxidase (GSH-Px), com a consequente oxidação dos grupos sulfídricos e a peroxidação dos lipídios insaturados causando dano celular. Estes pacientes trissômicos possuem algumas características como envelhecimento precoce, dano cerebral e modificações bioquímicas que são secundárias ao dano oxidativo dentro da célula, o que poderia ser consequência desse desequilíbrio genético-bioquímico.

 

ESTUDO

O tratamento com antioxidantes dietéticos foi sugerido como um método potencial para aliviar o dano oxidativo de pacientes com síndrome de Down. Este estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação com a vitamina E (alfa-tocoferol) e ácido alfa-lipoico nos biomarcadores do estresse oxidativo em crianças com síndrome de Down. 

 

Parâmetros Avaliados:

Um grupo controle consistindo de 26 irmão que não tinham síndrome de Down. Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico sérico (TBARS) e 8-hidroxi-2´-desoxiguanosina urinária (8OHdG) foram usados como biomarcadores do estresse oxidativo.

 

Resultados:

ØAs crianças com síndrome de Down apresentaram maiores níveis de estresse oxidativo basal quando comparado com o controle;

Ø  Além disso, as crianças do sexo masculino apresentaram uma associação significativa entre a idade e os biomarcadores de estresse oxidativo;

Ø  Os níveis séricos de TBARS não mudaram significativamente ao longo do tempo, ou em relação ao placebo. Embora as concentrações urinárias de 8OHdG tenham diminuído significativamente tanto no grupo alfa-tocoferol quanto no grupo que recebeu ácido alfa-lipoico em relação aos níveis basais (P <0,001);

ØOs níveis finais médios das concentrações urinárias de 8OHdG diferiram significativamente apenas entre as crianças tratadas com o alfa-tocoferol e placebo (P <0,01).

 

Conclusão:

A suplementação com alfa-tocoferol em crianças com síndrome de Down pode atenuar o estresse oxidativo em nível de DNA.


NACHVAK, SM. et al. α-Tocopherol supplementation reduces biomarkers of oxidative stress in children with Down syndrome: a randomized controlled trial. Eur J Clin Nutr. 2014 Oct;68(10):1119-23. doi: 10.1038/ejcn.2014.97. Epub 2014 Jun 18.

Receba este e outros estudos direto no seu e-mail.
Preencha o Formulário e Fique Sempre Atualizado!

*Ao entrar em contato você esta de acordo com nossas políticas de privacidade.
O Hi-Nutrition solicita sua coleta de dados para identificação do usuário com a finalidade de entrarmos em contato para fornecermos mais detalhes do curso desejado, com base-legal por legítimo interesse conforme a nova lei LGPD. Estes dados não serão utilizados para envio de SPAM.

*Ao entrar em contato você esta de acordo com nossas políticas de privacidade.
O Hi-Nutrition solicita sua coleta de dados para identificação do usuário com a finalidade de entrarmos em contato para fornecermos mais detalhes do curso desejado, com base-legal por legítimo interesse conforme a nova lei LGPD. Estes dados não serão utilizados para envio de SPAM.

TOP