Alguns estudos
demonstraram uma redução em parâmetros da secreção de GH de 15% a 70% em homens
e mulheres com mais de 60 anos de idade, em comparação com jovens adultos. De
acordo com os pesquisadores, os níveis de GH diminuem em 50% 7 anos após a
puberdade. Eles ainda argumentam que atenuação deste eixo pode levar a
fragilidade através de uma série de correlatos fisiológicos que se manifestam
clinicamente por lentidão, fraqueza, perda de peso, baixa atividade e fadiga. A
eventual utilização da terapia de GH em idosos foi revista extensivamente e há
um consenso de que essa abordagem não é segura. No entanto, em 2009, tratamento
de GH como uma terapia antienvelhecimento classificou no topo da lista de pesquisas
na internet relacionadas a saúde.
A evidência para
suportar uma ligação entre o eixo somatotrópico/IGF e saúde/expectativa de vida
é muito forte. Vias de sinalização neste eixo são postuladas para auxiliar na
regulação do envelhecimento e de doenças. De fato, a supressão da sinalização
do GH em modelo animal leva a vida útil estendida. Mais recentemente, a
deficiência do receptor de GH em ratos demonstrou diminuição da risco para
câncer e diabetes como bem como uma expressão de outros benefícios à saúde.
Além de vincular
defeitos no eixo GH/IGF para aumento da longevidade em modelos invertebrados e
roedores, os efeitos benéficos da redução da atividade do eixo somatotrópico em
seres humanos é também sugerido por resultados de alguns estudos, contudo, resultados
contraditórios e inconsistências em outros estudos mostram que o tema é
claramente controverso e pode mesmo ser específico da doença.
2. Material e métodos
Neste estudo, quarenta
e um homens e mulheres mais velhos foram recrutados e preencheram o PROMIS (Patient-Reported Outcomes Measurement
Information System, U.S. Department
of Health and Human Services) e realizaram testes de desempenho físico e
amostras de sangue em jejum obtidas em repouso para avaliação de biomarcadores
hormonais e de imunologia.
3. Resultados
Quando medido pelo bioensaio de GH da
linha tibial bem estabelecida, a metade das amostras de plasma (n = 20)
continha GH biodegradável (bGH), mas a outra metade (n = 21) não conseguiu
montar aumentos na largura da placa tibial acima dos controles injetados com
solução salina. Essa diferença não se correlacionou com a idade, sexo ou
funcionalidade física do doador de plasma. Também não se correlacionou com as
concentrações de hGH avaliadas pelo imunoensaio. Nos casos em que a bGH foi
detectada, vários modelos de regressão hierárquica predisseram que os
linfócitos GHRH, c-peptídeos, VEGF, NPY, IL-4 e T-reguladores estavam
associados à diferença e a predisposição à bGH.
4. Conclusão
Os resultados deste estudo
sugerem que as ações de bGH a nível celular podem ser modificadas por outros
fatores, o que explica a falta de correlações observadas neste estudo.