Estudos
epidemiológicos têm mostrado repetidamente um efeito quimiopreventivo dos
vegetais crucíferos. O Indol-3-carbinol (I3C) e seu metabólito di-indol metano
(DIM) foram identificados nestas plantas como os ingredientes ativos e as
atividades anti-tumorais desses compostos foram confirmadas em múltiplos
ensaios in vitro e in vivo. Semov et al. (2012) demonstraram que o DIM é um potente inibidor seletivo
de células-tronco cancerosas (CSCs). Em várias linhas de células cancerosas, o DIM
inibiu a formação de tumor em concentrações 30 a 300 vezes menores do que as
concentrações necessárias para a inibição do crescimento de células parentais
cultivadas como cultura aderente. Os pesquisadores também demonstraram que o
tratamento com DIM supera a quimiorresistência de CSCs a agentes citotóxicos,
tais como o paclitaxel, doxorrubicina e o SN-38. O pré-tratamento do tumor com
o DIM antes da implantação em ratos retardadou significativamente o crescimento
dos tumores primários em comparação com tumores não tratados. As concentrações
de DIM necessárias para suprimir a formação de CSCs podem ser obtidas no plasma
humano após a administração oral do composto. Portanto, os pesquisadores
concluíram que o DIM pode potencialmente ser usado em pacientes com câncer,
isoladamente ou em combinação com drogas existentes.