Shira Zelber-Sagi, diretora de nutrição, saúde e comportamento na Universidade de Haifa, em Israel, disse ao Daily Mail que a pesquisa demonstra a importância de uma dieta baseada em vegetais para minimizar o risco de doença hepática. Ela ressalta ainda que a carne processada, que é modificada para estender a vida útil em prateleira ou para mudar seu gosto, pode causar inflamação e resistência à insulina. Ambas as condições contribuem para a DHGNA, de acordo com Shira.
Por isso, ela recomenda que as pessoas limitem seu consumo de carne vermelha ou processada e optem por uma dieta mediterrânea, rica em peixe, grãos integrais e vegetais.
A esteatose hepática descreve uma gama de condições causadas pelo acúmulo e gordura no fígado que não foi causada pelo consumo excessivo de álcool. Um fígado saudável deve ter quase nada de gordura e uma pequena quantidade já é considerada o estágio inicial de DHGNA.
Embora não seja grave em seu estágio inicial, a doença pode levar a danos graves no fígado, incluindo cirrose, o que pode levar à morte por falência hepática.
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
A doença hepática gordurosa não alcoólica á caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado que não é causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, ela pode permanecer estável por muitos anos e até regredir, se suas causas forem controlados. Se não o forem, a doença pode evoluir para a esteato-hepatite – quando a doença se associa a inflamação e morte celular, fibrose e tem maior potencial de progressão para cirrose e câncer de fígado.
Os principais fatores de risco ou causas de DHGNA estão relacionados a obesidade e sobrepeso, diabetes, dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides), hipertensão, uso prolongado de medicamentos como amiodarona, corticosteroides, estrógenos, tamoxifeno; produtos químicos, anabolizantes, cirurgias abdominais como bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas; hepatite C, síndrome de ovários policísticos, hipotiroidismo, síndrome de apneia do sono, hipogonadismo, lipodistrofia, abeta lipoproteína e deficiência de lipase ácida.
A doença ganhou atenção por ter se tornado a mais frequente doença de fígado da atualidade, atingindo entre 20 e 30% da população mundial. Na maioria dos casos, a doença é assintomática. Por isso, o diagnóstico da esteatose é incidental. Ou seja, a doença geralmente é identificada precocemente porque o paciente realizou uma ultrassonografia de abdômen como parte de seus exames de rotina. Especialistas recomendam que ultrassonografias de abdômen só sejam solicitadas para o diagnóstico de esteatose para portadores dos fatores de risco para a doença.