Diariamente são colocados à mesa do brasileiro suculentas frutas e legumes aparentemente nutritivos, no entanto, carregados de resíduos tóxicos – muitos deles já proibidos na Europa. Esse é o tema de uma reportagem publicada pela Revista Problemas Brasileiros, que destaca dados divulgados pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e que estão no Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde.
Especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que “não à toa, o Brasil continua a liderar o ranking mundial do consumo de agrotóxicos, indústria que movimenta mais de US$ 2 bilhões ao ano. O país consome, em média, 7 litros per capita de veneno a cada ano, o que resulta em mais de 70 mil intoxicações agudas e crônicas em igual período, segundo dados do Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)”.
Para o coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do Rio Grande Sul, o produtor Emerson Giacomelli, os números podem ser ainda mais avassaladores, pois o Ministério da Saúde estima que, para cada evento de intoxicação por agrotóxico notificado, há outros 50 não comunicados. Essas estatísticas dão um alerta sobre o impacto causado na saúde pública eno meio ambiente pelas práticas agrícolas adotadas no Brasil.
E a opção para reduzir as doses de veneno depende, principalmente, da vontade de mudar esse quadro. “O velho discurso de que os orgânicos são caros e só podem ser consumidos por uma parcela mais abastada da população não é verdadeiro, e a nossa experiência é a prova disso”, acrescenta Giacomelli.
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