Bergamota Auxilia na Diminuição
do Perfil Lipídico e Aterogênico
Promove
Elevação dos Níveis de HDL-Colesterol
Introdução
A dislipidemia é elevação de colesterol e triglicerídeos no
plasma ou a diminuição dos níveis de HDL que contribuem para a aterosclerose.
As causas podem ser primárias (genéticas) ou secundárias. O diagnóstico é
realizado pela medida das concentrações totais de colesterol, triglicerídeos e
lipoproteínas individuais.
As dislipidemias podem ser:
- Primária:
genética
- Secundária: causada
pelo estilo de vida e outros fatores
Tanto as causas primárias como as secundárias contribuem em
graus variados para as dislipidemias. Por exemplo, na hiperlipidemia familiar
combinada, a expressão só pode ocorrer na presença de causas secundárias significativas.
Bergamota e
Dislipidemia
Os flavonoides presentes na Bergamota agem como auxiliares no
manejo da dislipidemia. A Bergamota também pode ser usada em pacientes que não
respondem adequadamente ao uso das estatinas.
Muitos pacientes tratados com estatinas não atingem o
objetivo em relação ao controle dos níveis de colesterol ou sofrem com efeitos
adversos graves (rabdomiólise, miopatia ou hepatoxicidade). Nestes casos,
alternativas terapêuticas devem ser avaliadas, como: dieta e/ou uso de suplementos.
Neste
contexto, vários estudos demonstram os múltiplos efeitos da Bergamota na
redução dos níveis de colesterol sem causar efeitos adversos graves. Este
fitoterápico difere dos demais por conter flavonoides distintos, como a
neoeriocitrina, neohesperidina, naringina.
Mecanismo de Ação da
Bergamota
Vários
mecanismos agem na regulação da homeostase do metabolismo do colesterol. Os
flavonoides da Bergamota podem aumentar o processo de beta-oxidação
mitocondrial e também agem na redução da síntese do (VLDL - Lipoproteína de
muito baixa densidade). Outro potencial mecanismo de ação inclui ativação da
transcrição do gene do receptor para o LDL-colesterol via indução proteína
quinase C e aumento da translocação na membrana deste receptor via ativação do
PPAR-y. AMPK-α - proteína quinase ativada por adenosina monofosfato alfa.
Resultados
Estudo conduzido por Toth et al.
(2016) investigou os efeitos da Bergamota nos parâmetros cardiometabólicos,
incluindo níveis de lipídios, lipoproteínas aterogênicas e aterosclerose
subclínica. Os resultados obtidos foram:
- Após
seis meses, o extrato de Bergamota reduziu os níveis de colesterol, aumentou
HDL-colesterol e diminui o CIMT;
|
Grupo Tratamento
|
Linha-base
|
Após seis meses
|
Valores de P
|
Colesterol total (mmol/l)
|
6,6
|
5,8
|
P<0,0001
|
Triglicerídeos (mmol/l)
|
1,8
|
1,5
|
P=0,002
|
LDL-colesterol (mmol/l)
|
4,6
|
3,7
|
P<0,0001
|
HDL-colesterol (mmol/l)
|
1,3
|
1,4
|
P<0,0007
|
LDL-c 1 (%)
|
41,2
|
49,6
|
P<0,0001
|
LDL-c 3 (%)
|
14,5
|
9,0
|
P<0,0001
|
LDL-c 4 (%)
|
3,2
|
1,5
|
P<0,0053
|
LDL-c 5 (%)
|
0,3
|
0,1
|
P<0,0133
|
CIMT (mm)
|
1,2
|
0,9
|
P<0,0001
|
Conclusão
Este artigo investigou os efeitos dos
flavonoides da Bergamota nos fatores riscos cardiometabólicos em pacientes
dislipidêmicos. A suplementação com Bergamota reduziu de maneira significativa
o perfil lipídico e melhorou a concentração das lipoproteínas aterogênicas após
seis meses.
Referências
bibliográficas
TOTH, PP. et al. Bergamot Reduces Plasma Lipids, Atherogenic
Small Dense LDL, and Subclinical Atherosclerosis in Subjects
with Moderate Hypercholesterolemia: A 6 Months Prospective Study. Front Pharmacol. 2016 Jan 6;6:299.