Introdução
O transtorno depressivo maior (TDM) é o transtorno mental mais comum, com taxas de prevalência ao longo da vida de até 10,8% em pesquisas comunitárias de 30 países, ou até 20,6% nos Estados Unidos. De acordo com a análise do Global Burden of Disease Study em 2017, os transtornos depressivos foram a terceira principal causa de anos vividos com incapacidade.
O intestino e o cérebro estão intimamente conectados através de um eixo que envolve uma comunicação via rotas neurais, endócrinas e imunes.
Recentemente, tem se tornado cada vez mais evidente que nessa comunicação estão envolvidas interações com a microbiota intestinal, que é responsável por liberar moléculas de sinalização e ativadoras do sistema imune, que exercem importante papel na regulação do cérebro.
Os efeitos da microbiota intestinal sobre a função cerebral são: produção de substâncias neuroativas e seus precursores (por exemplo: triptofano), que atingem o cérebro e produção de endotoxinas, que podem influenciar o humor e a função cognitiva via mecanismos indiretos (ativação imune) e diretos (receptores toll-like em células gliais).
Sobre a administração de antibióticos, essas novas evidências sugerem que a alteração intencional da microbiota normal, por exemplo através da administração de suplementos contendo espécies de probióticos, pode ser utilizada de forma terapêutica para modificar a resposta ao estresse e reduzir sintomas relacionados com a ansiedade e depressão.
Resultados
Através de um estudo conduzido por Sanada et al. (2020) que possuiu como objetivo avaliar através de um estudo de revisão a associação entre a microbiota intestinal e o transtorno depressivo maior em estudo intervencionais e não-intervencionais. Foi possível obter os seguintes resul
Referências bibliográficas
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