O Sistema Endócrino é considerado o principal sistema modulador neuroendócrino das funções fisiológicas do organismo, sendo responsável por atuar como um mensageiro transportador de hormônios sinalizadores a seus respectivos receptores, aumentando ou diminuindo funções enzimáticas, permeabilidade de membrana, bem como as respostas a diversos estímulos ao sistema nervoso central.
Atualmente, sabe-se que a expectativa de vida da população aumentou, e devido a essa modificação, o enfoque na saúde do idoso vem sendo cada vez mais estudada mediante aos diversos fatores que influenciam e acarretam em alterações na qualidade de vida dos mesmos. A percepção “envelhecer” é um fator variável que está diretamente relacionado ao posicionamento mediante as modificações fisiológicas como a disfunção erétil, diminuição da libido sexual, diminuição da lubrificação, bem como a flacidez tegumentar associada a doenças crônicas que podem interferir negativamente na expressão da sexualidade, saúde mental e social, sendo que tais fatores podem acelerar ou retardar o processo de envelhecimento. Sendo assim, alterações neuroendócrinas encontram-se diretamente relacionadas ao estresse oxidativo responsável pelo desequilíbrio homeostático do organismo, ocasionados por distúrbios funcionais relacionados ao eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal (HPA) e ao sistema límbico. Os hormônios corticosteroides no cérebro são os principais responsáveis pelas modificações neuronais, pois ao se ligam a receptores nucleares neuronais, em especifico no circuito límbico, modificam criticamente funções adaptativas e comportamentais, de aprendizado e memória, além do mais, durante o processo de envelhecimento, ocorre uma diminuição do volume neuronal (perda de plasticidade neuronal e de neurotransmissores) e perda da mielina das fibras nervosas, reduzindo a velocidade da condução do estímulo nervoso.