
24 de junho de 2024
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Hi-Nutrition
O estado nutricional do paciente com insuficiência renal crônica é afetado por diversas condições como a anorexia, presença de toxinas urêmicas, distúrbios gastrintestinais e alterações metabólicas. Além disso, nos pacientes submetidos ao tratamento de hemodiálise, os estímulos catabólicos do procedimento dialítico, a perda de nutrientes para o dialisato e a acidose metabólica são fatores que também contribuem para o estado de desnutrição, podendo levar a alterações na composição corporal. Além disso, nesses pacientes também ocorre alterações nos níveis de muitos oligoelementos, dentre estes, destaca-se o zinco.
Zinco
O zinco é um oligoelemento de grande interesse para os pesquisadores, pois já existem evidências de que sua deficiência causa algumas das anormalidades encontradas nos pacientes renais crônicos, como atrofia testicular, depressão, deficiência imunológica, retardo no crescimento, anormalidades no paladar e olfato.
Zinco em Pacientes Renais
Crônicos
A deficiência de zinco na doença renal crônica tem sido pesquisada, nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a pacientes submetidos à hemodiálise. A maioria dos trabalhos mostra que o estado nutricional, relativo ao zinco, destes pacientes está alterado. Em pacientes submetidos a hemodiálise e comparado a um grupo controle de indivíduos saudáveis verificou-se que os pacientes sob hemodiálise apresentavam níveis de zinco bem inferiores quando comparado com os pacientes saudáveis.
Importância da Suplementação
de Zinco
Alguns estudos também demonstraram que a baixa concentração de zinco pode estar associada com redução da atividade antioxidante, o que poderia contribuir para o aumento do dano oxidativo para as células. Níveis séricos de zinco estão associados com o aumento da peroxidação lipídica. O zinco nesses casos é importante pois estabiliza a enzima superóxido dismutase dependente de zinco e cobre. Na deficiência de zinco, há maior risco da ação do radical superóxido e do peróxido de hidrogênio nas células.
Resultados
Estudo conduzido por Hosseini et al.
(2021) teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de zinco nos
níveis séricos de copeptina, proteína C-reativa de alta sensibilidade (hs-PCR),
no controle glicêmico, nos parâmetros antropométricos e na função renal de
pacientes diabéticos submetidos à hemodiálise e com deficiência de zinco. Os resultados obtidos foram:
Ø Comparado com o controle, os níveis séricos de copeptina (p<0,001), hs-PCR (p<0,001), nitrogênio/ureia
sanguínea (p<0,001), creatinina (p<0,001), zinco (p<0,001), FBG
(p<0,001), IMC (p<0,001) e peso corpóreo (p<0,001) foram melhorados
após a suplementação com sulfato de zinco;
Ø Já os níveis de QUICKI, HOMA-IR e os níveis de insulina não apresentaram alteração significativa quando comparado com o placebo.
Conclusão
A suplementação com sulfato de zinco apresenta efeitos favoráveis nos níveis séricos de copeptina, proteína C-reativa, FBG e na função renal de pacientes diabéticos submetidos a hemodiálise e com deficiência de zinco.
Referências bibliográficas
HOSSEINI, R. et al.
The Effects of Zinc Sulfate Supplementation on Serum
Copeptin, C-Reactive Protein and Metabolic Markers in Zinc-Deficient Diabetic
Patients on Hemodialysis: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. Biol Trace Elem Res. 2021 Mar 3. doi:
10.1007/s12011-021-02649-7. Online ahead of print.
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