
27 de julho de 2022
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Hi-Nutrition
Introdução
A enxaqueca é considerada uma doença crônica debilitante, onde a mesma se manifesta por cefaleia e combinações variadas de sintomas e sinais associados, de maneira recorrente. O diagnóstico se baseia em critérios que foram estabelecidos pela Sociedade Internacional de Cefaleias (SIC).
Os sintomas de enxaqueca se manifestam através de crises de cefaleia de forma recorrente e que pode possuir uma duração que varia de 4 a 72 horas em adultos e 1 a 72 horas em crianças, dor do tipo pulsátil, por vezes unilateral, acompanhada de fotofobia, fonofobia, náuseas e vômitos. A intensidade varia de moderada a forte, e é agradava por atividades físicas rotineiras. O tratamento da enxaqueca deve ser realizado em duas frentes simultaneamente: o tratamento agudo, com analgésicos para alivio das crises, e o tratamento preventivo ou profilático.
Em alguns casos, devido à dificuldade de tratamento, a associação de suplementos (fitoterápicos e outros) poderia auxiliar no tratamento da enxaqueca em associação à terapia padrão, devido as suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Atividade Antioxidante e Anti-Inflamatória do Picnogenol
O extrato padronizado do Pinus pinaster (picnogenol) contém compostos fenólicos como catequina, epicatequina e flavonoides, como as procianidinas, além dos ácidos p-hidroxibenzoico, protocatecúico, gálico, vanílico, cumárico, ferúlico e cafeico. As procianidinas oligoméricas, os principais componentes bioativos do picnogenol, são polímeros de subunidades de catequinas e epicatequinas de diferentes comprimentos de cadeia que pertencem ao grupo dos flavonoides. O picnogenol também contém outros compostos fenólicos, tais como monômeros de catequinas e epicatequinas, ácido ferúlico, ácido cafeico, ácido gálico e taxifolina.
O picnogenol possui reconhecida atividade anti-inflamatória e antioxidante. Com relação à sua atividade anti-inflamatória, a inibição de citocinas inflamatórias é um de seus efeitos mais estudados, especialmente o TNFa, responsável pela indução do aumento da atividade do fator de transcrição NF-?B. A redução de MMPs e de outras citocinas inflamatórias, como a IL-1ß e a IL-6, assim como a inibição da atividade das enzimas COX-1, COX-2 e 5-LOX são descritas em alguns estudos.
A atividade antioxidante já foi descrito em diversos estudos, sendo capaz de suprimir o estresse oxidativo através do aumento da síntese intracelular de enzimas antioxidantes como a glutationa peroxidase ou GPx), da diminuição da peroxidação lipídica verificada através da menor produção de substâncias reagentes ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), de menores níveis de óxido nítrico, peroxinitrito e radical superóxido e da regeneração das vitaminas C e E. O picnogenol possui também atividade neuroprotetora, antitrombogênica, antimelanogênica, colágeno estimulante e vasodilatora endotélio-dependente, entre outros efeitos avaliados.
Resultados
Através de um estudo conduzido por Cesarone et al. (2019) foi possível avaliar os efeitos da suplementação de picnogenol nos ataques de enxaqueca e no estresse oxidativo em indivíduos saudáveis com enxaqueca leve a moderada. Para gerenciar os efeitos do picnogenol os indivíduos do estudo usaram apenas alguns medicamentos (ante eméticos e analgésicos sob demanda) e mudanças no estilo de vida. Em alguns casos houve a necessidade do uso de triptanos. Os resultados obtidos foram:
Conclusão
O picnogenol usado como profilático nos ataques de enxaqueca parece reduzir a dor e a severidade dos sintomas associados com enxaqueca e em paralelo reduz os marcadores do estresse oxidativo.
Referências Bibliográficas
CESARONE, MR. et al. Episodic primary migraine headache: prophylaxis with Pycnogenol® precents attacks and controls oxidative stress. Panminerva Med. 2019 Oct 25.
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