Resveratrol na Saúde Óssea na Pós-Menopausa Aumenta a DMO do Fêmur e Auxilia na Proteção contra Quedas e Fraturas

Resveratrol na Saúde Óssea na Pós-Menopausa Aumenta a DMO do Fêmur e Auxilia na Proteção contra Quedas e Fraturas

Resveratrol na Saúde Óssea na Pós-Menopausa

Aumenta a DMO do Fêmur e Auxilia na Proteção contra Quedas e Fraturas

Introdução

A deficiência de estrógenos é uma das causas mais importantes da osteoporose. A terapia de reposição hormonal auxilia no aumento da Densidade Mineral Óssea (DMO) e diminui o risco de fraturas, porém está associada com efeitos adversos que podem limitar seu uso.

Fitoestrógenos

Alternativa as mulheres que apresentam efeitos colaterais à Terapia de Reposição Hormonal tradicional e podem auxiliar no aumento da DMO. Dentre os fitoestrógenos destacam-se as isoflavonas da soja, genisteína e resvertatrol.

Sendo um tecido altamente dinâmico, o osso apresenta constante renovação. Durante o desenvolvimento do esqueleto, essa atividade é, primariamente, voltada para o crescimento e a modelação óssea, processos responsáveis pelo formato e tamanho do osso. Já na fase adulta, a atividade metabólica envolve predominantemente a remodelação óssea.

Resveratrol e Tecido Ósseo

O resveratrol é um polifenol presente em diferentes espécies de plantas, como a uva, o amendoim e derivados, como o vinho tinto. Considerando os hábitos alimentares (e não apenas a concentração total dessa substância) as três principais fontes de resveratrol são: uva, suco de uva e vinho tinto. Diferentes estudos têm atribuído ao resveratrol a capacidade de restaurar condições clínicas, promover proteção contra doenças metabólicas, e modular o sistema antioxidante, além de exercer funções cruciais para a homeostase orgânica, tais como a ação anti-inflamatória, antineoplásica e cardioprotetora.

O resveratrol também apresenta estrutura muito similar aos estrógenos humanos, por isso são chamados de fitoestrógenos. Em mulheres na pós-menopausa, em que a taxa de estrógenos vai reduzindo com o tempo, o uso dessas substâncias geram benefícios significativos, como o aumento da DMO (densidade mineral óssea). Os estudos em animais mostraram que o resveratrol estimula a formação do tecido ósseo através do estimulo dos osteoblastos (células formadoras do tecido ósseo) e inibem a atividade dos osteoclastos (células que inibem a formação do tecido ósseo).

Resultados

Um estudo conduzido por Wong et al. (2020) teve como objetivo avaliar os efeitos do resveratrol na saúde óssea de mulheres pós-menopausadas. Os resultados obtidos foram:

• Após 12 meses de suplementação com resveratrol vs. Placebo, houve efeitos positivos na densidade mineral óssea da espinha lombar (+0,016 g/cm2) e do pescoço do fêmur (+0,005 g/cm2);
• Essas modificações foram acompanhadas por 7,24% de diminuição do telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo 1 (CTx), um marcador da reabsorção óssea, quando comparado com o placebo;
• O aumento da densidade mineral óssea (DMO) no pescoço do fêmur resultou em uma melhora na possibilidade de ocorrer quedas e fraturas do quadril;
• As análises mostraram que as mulheres com biomarcadores da saúde óssea mais fracos foram as que apresentaram melhores resultados.

Conclusão

O estudo demonstrou que a suplementação com resveratrol melhorou a DMO do fêmur, e tal fato foi associado com efeitos protetores contra quedas e fraturas.

Referências bibliográficas

WONG, RH. Regular supplementation with resveratrol improves bone mineral density in postmenopausal women: a randomised, placebo-controlled trial. J Bone Miner Res. 2020 Jun 21. doi: 10.1002/jbmr.4115. Online ahead of print.