Inulina nas Comorbidades Relacionadas ao Câncer de Mama Reduz a Pressão Arterial Sistólica e Previne o Aumento da Pressão Diastólica em Mulheres com Câncer de Mama

Inulina nas Comorbidades Relacionadas ao Câncer de Mama Reduz a Pressão Arterial Sistólica e Previne o Aumento da Pressão Diastólica em Mulheres com Câncer de Mama

Introdução

Mulheres que possuem câncer de mama com certa frequência, apresentam comorbidades, como por exemplo hipertensão e outras condições relacionadas a composição corporal, que diminuem sua qualidade de vida e afetam de forma negativa a resposta ao tratamento. Além disso, mulheres com câncer de mama sob terapia adjuvante, como radioterapia ou quimioterapia, podem ter um risco aumentado de toxicidade cardíaca e doença cardiovascular (DCV), que se tornou uma importante causa de morte entre mulheres com câncer de mama, representando 10% da mortalidade.

A inulina é um prebiótico que pode ser fermentado em acetato, propionato e butirato (Ácidos Graxos de Cadeia Curta - AGCC) em quantidades consideráveis pela microbiota humana intestinal. Ela melhora da sensibilidade à insulina, regulação da secreção de insulina e redução hepática de triacilgliceróis, reduz a hipertrofia cardíaca e disfunção vascular em animais hipertensos. Em mulheres com diabetes, a inulina reduziu o risco cardiometabólico e melhorou a capacidade antioxidante. Os frutanos do tipo inulina reduzem a hipercolesterolemia e revertem a disfunção endotelial, um efeito associado à influência da microbiota na função intestinal do hospedeiro e na saúde cardiometabólica.

Resultados

Através de um estudo que teve como objetivo determinar os efeitos da suplementação de inulina na prevenção do aumento da pressão arterial em mulheres com câncer de mama sob terapia neoadjuvante com ciclofosfamida e doxorubicina, foi possível obter os seguintes resultados: 

• As mulheres do grupo inulina mostraram pressão arterial sistólica (PAS) mais baixa após a suplementação (-4,21 mmHg), enquanto que o grupo placebo demonstrou aumento da PAS;
• O grupo 1 também demonstrou aumento do IMC e redução da porcentagem de gordura corporal.

Conclusão

Foi possível concluir que a suplementação de inulina reduz a pressão sistólica e previne o aumento da pressão diastólica em mulheres com câncer de mama, podendo ser uma abordagem nutracêutica inovadora na prevenção da hipertensão nesse grupo de pacientes, melhora da qualidade de vida e prognóstico.

Referências bibliográficas

BECERRIL-ALARCON, Y.; CAMPOS-GOMEZ, S.; VALDEZ-ANDRADE, J. J.; CAMPOS-GOMEZ, K. A. et al. Inulin Supplementation Reduces Systolic Blood Pressure in Women with Breast Cancer Undergoing Neoadjuvant Chemotherapy. Cardiovasc Ther, 2019, p. 5707150, 2019.

Os frutanos do tipo inulina reduzem a hipercolesterolemia e revertem a disfunção endotelial, um efeito associado à influência da microbiota na função intestinal do hospedeiro e na saúde cardiometabólica.