Vitamina D

por Nutrição em Pauta / 8 Março 2019 / Notícias do Mercado

A vitamina D contribui para o bom funcionamento do organismo e pode ajudar na prevenção de doenças autoimunes, neurológicas, cardiovasculares, metabólicas e alguns tipos de câncer. Também ajuda na absorção do cálcio e do fósforo no intestino, fortalece ossos e dentes, aumenta a produção de músculos, melhora o equilíbrio, fortalece o sistema imunológico; previne alguns tipos de câncer, como os de cólon, de reto e da mama e o envelhecimento precoce. Obesidade, diabetes, depressão, Alzheimer, doença cardiovascular, câncer de mama, câncer colorretal, câncer de próstata e artrite reumatoide.

A Vitamina D é um pró-hormônio produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele. As duas principais formas são a vitamina D2 (ergo calciferol) e a vitamina D3 (cole calciferol). No fígado, a vitamina D3 é transformada em 25 hidroxi-vitamina D e é esta a vitamina D medida pelos médicos nos exames de sangue. Porém, a forma ativa da vitamina D é o calcitriol, obtido a partir da transformação da 25 hidroxi nos rins. O calcitriol é um hormônio que facilita a absorção de cálcio pelo organismo.

Muitos estudos mostram que grande parte da população tem deficiência de vitamina D, o que aumenta a chance de desenvolver doenças. A população de maior risco são mulheres acima de 55 anos, na pós–menopausa. Mas, homens e mulheres de diferentes idades também apresentam com frequência níveis baixos da vitamina D. Os valores considerados adequados em adultos são acima de 30 ng/ml, conforme recomendação do Consenso da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, divulgado em agosto de 2018. Para o bom funcionamento do corpo, são necessárias, no mínimo, 200 UI (unidade internacional usada para a vitamina D) para os adultos, por dia. Já entre as crianças, as doses variam de acordo com a idade.
É importante que a exposição solar seja cuidadosa. Deve ocorrer no início da manhã, antes das 10h ou no final da tarde, após as 16h, para evitar os efeitos nocivos dos raios ultravioletas, de preferência em áreas não expostas cronicamente a luz solar, como palmas e plantas dos pés, costas e pernas. 
Quanto ao uso de filtros solares é importante salientar, que não há impacto sobre a produção da vitamina D, como demonstra estudo recente conduzido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia onde dois grupos de pessoas foi exposta ao sol, sendo que uma delas com filtro solar e outra sem filtro. Foi realizada a dosagem da Vitamina D antes e depois da exposição e o que se observou é que não houve diferença de produção de vitamina D no grupo de pessoas expostas ao sol com filtro solar quando comparado ao grupo controle sem filtro solar. Portanto, ao contrário do que muitos pensam, é fundamental o uso dos protetores solares, principalmente em áreas do corpo cronicamente expostas a radiação ultravioleta, na prevenção ao câncer de pele. 
Além da exposição controlada ao sol, a alimentação também contribui para a produção da vitamina D. Alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ajudam na produção do hormônio. Mas somente a alimentação não é suficiente para manter um nível adequado de vitamina D no sangue. O banho de sol, portanto, é a principal forma de conseguir a quantidade indicada. Em alguns casos, a suplementação também se faz necessária.
A suplementação normaliza os níveis de vitamina D em torno de 3 meses após o uso diário ou semanal de forma contínua. A dose correta de suplementação depende de idade, nível de deficiência e fatores de risco que cada paciente apresenta. A deficiência da vitamina D pode ser silenciosa, ou seja, não produzir sintomas. Mas, pessoas com níveis muito baixos podem apresentar sintomas de fadiga, fraqueza muscular e até dor crônicai.
Antes de tomar qualquer suplemento é importante checar a dosagem do nível de vitamina D no sangue já que as consequências do excesso do pró-hormônio no organismo também geram problemas sérios à saúde. Entre eles, o enfraquecimento dos ossos, elevação dos níveis de cálcio que pode gerar pedras nos rins, arritmia cardíaca, falta de apetite, náuseas, vômitos, aumento da frequência urinária, fraqueza, hipertensão arterial, sede, coceira na pele e nervosismo. Portanto, é fundamental procurar um médico e fazer um check-up anual para verificar a dosagem de vitamina D no sangue.
Sabemos que a radiação solar é essencial à vida no planeta, e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona”, finaliza a Dra. Simone Neri.

Fonte
Dra. Simone Neri – Dermatologista, possui 25 anos de formação em Clínica Médica e em Dermatologia. É graduada em Medicina pela Universidade de Santo Amaro UNISA, médica plantonista do Pronto Socorro do Hospital São Luiz

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