Selênio no Metabolismo da Glicose

por Selenium levels and Glutathione peroxidase activity in the plasma of patients with type II diabetes mellitus / 6 Outrubro 2017 / Estudo Científico
O selênio é um mineral conhecido principalmente por suas atividades antioxidantes e anti-inflamatória e suas propriedades quimiopreventivas e antivirais. É essencial para a síntese e função de selenoproteínas, que desempenham um papel relevante na defesa antioxidante e auxiliam na redução do dano oxidativo. Participa ainda do metabolismo da tireoide e da glicose, da função reprodutiva e imunidade (Wrobel et al., 2016).

Atualmente, pesquisas recentes têm direcionado seu foco à relação entre os níveis de selênio e o metabolismo da glicose.

Selênio e o Metabolismo da Glicose

Evidências de estudos realizados em animais indicam que o selênio participa do metabolismo da glicose via proteínas dependentes deste elemento (selenoproteínas), as quais apresentam propriedades redox.

As selenoproteínas influenciam rotas metabólicas dependentes de insulina, regulando tanto a liberação quanto a sinalização deste hormônio. Devido a suas propriedades antioxidantes, componentes dependentes de selênio, em níveis apropriados, poderiam proteger contra o estresse oxidativo, dificultando a ocorrência de diabetes.


Avaliação dos Níveis Séricos de Selênio em Pacientes Diabéticos

González de Vega et al. (2016) realizaram um estudo para quantificar os níveis de selênio no plasma humano de indivíduos saudáveis e diabéticos. 

Pacientes com perfil glicêmico descontrolado apresentam redução da atividade antioxidante total, estado induzido de estresse oxidativo. Além disso, é o grau de glicação da selenoenzima que realmente vai modular sua eventual atividade sobre as espécies reativas de oxigênio em pacientes diabéticos.

Objetivo do Estudo

Jablonska et al. (2016) conduziram um estudo cujo objetivo foi avaliar os efeitos da administração de selênio sobre a expressão gênica associada ao metabolismo da glicose, para estabelecer uma relação entre este mineral e o risco de diabetes. Para isso, foram selecionados 76 pacientes não diabéticos, que tiveram suas amostras de cDNA após o tratamento com selênio.

As amostras de sangue foram coletadas antes da suplementação, após 2 e 4 semanas de tratamento e após 4 semanas da finalização da administração (washout).

Resultados 

A suplementação de selênio foi associada com uma diminuição significativa dos níveis de HbA1c, além de down-regulation significativo de 7 genes: INSR, ADIPOR1, LDHA, PDHA, PDHB, MYC e HIF1AN.

Conclusão
De acordo com Jablonska et al. (2016), o selênio é capaz de modular o metabolismo glicêmico em diferentes níveis, relacionados à sinalização da insulina, glicólise e metabolismo do piruvato, podendo apresentar potenciais benefícios para pacientes com alterações metabólicas.


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